segunda-feira, 7 de março de 2016

Receita Federal monitora as redes sociais para evitar sonegação de imposto


Os primeiros meses do ano reservam a milhões de brasileiros a tarefa nem sempre tão simples de declarar imposto de renda. É a hora de reunir documentos oferecidos por empregadores e pelos bancos nos quais você tem conta, mais aqueles recibos de gastos 

com saúde e edução ao longo de todo o último ano para entregar a um contador ou então preencher sozinho a ficha da declaração de imposto de renda. Mas é preciso ficar atento, pois, cada vez mais, a Receita Federal tem usado as redes sociais para monitorar
 
possíveis incongruências entre o estilo de vida de um cidadão e a sua declaração. Para o delegado adjunto do órgão no Espírito Santo, Ivo Pontes Schayde, isso não se trata de violação de privacidade, mas apenas do uso de uma ferramenta legal e aberta ao público

capaz de oferecer muita informação sobre as pessoas. “Não é uma questão de intimidade, mas uma questão de avaliação patrimonial e de disponibilidade financeira”, disse o delegado à reportagem da Gazeta Online. “Existem situações de pessoas que colocam

fotos de muitas viagens, carros de luxo e outros bens que indicam que ela tem um patrimônio elevado. Mas quando olhamos a declaração dela, percebemos que existe uma divergência entre o salário informado e a vida social que tem.” Ao ser notada alguma

irregularidade, o contribuinte é convocado pela Receita Federal a fim de prestar esclarecimentos. Na melhor das hipóteses, as justificativas são aceitas e a pessoa é liberada; na pior delas, o cidadão pode ser autuado e multado. “E, dependendo da 

inconsistência, existe a possibilidade de identificação ainda de fraude, dolo ou simulação, que poderão ser representados ao Ministério Público, levanto até mesmo a pessoa a pegar de dois a cinco anos de reclusão”, esclarece o delegado.






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