Sistema atual: sacos pretos e verdes dividem espaço nas calçadas (Foto de Arquivo)
Pela iniciativa, os sacos de lixo não ficarão mais nas calçadas, esperando por garis e recicladores. O grande diferencial do Lixo Zero envolve a instalação de pelo menos 15 mil contêineres em ruas e avenidas de toda a cidade, justamente para armazenar os resíduos até a chegada dos caminhões e evitar, assim, que os resíduos sejam levados pela chuva
para as galerias pluviais e lagos ou atacados por animais abandonados. "Vamos adaptar os nossos caminhões e fazer com que esses contêineres sejam suspensos por eles. Isso vai facilitar o transporte do lixo para dentro dos veículos, e evitar que os nossos garis enfrentem verdadeiras maratonas diárias para fazer a coleta dos resíduos. Com o novo sistema, eles só precisarão anexar e depois desencaixar os contêineres dos caminhões", destacou o assessor de Projetos Estratégicos da Prefeitura de Londrina, Carlos Alberto Geirinhas, em entrevista ao Bonde nesta sexta-feira (20). Segundo ele, cada funcionário responsável por recolher sacos de lixo na cidade percorre uma distância média de 30 quilômetros por dia no serviço. "Isso é desumano", acrescentou.
Outro ponto do Lixo Zero pretende tornar as cooperativas de reciclagem autossuficientes. "Pelas nossas estimativas, cerca de 35% de todo o lixo produzido em Londrina é seco, ou seja, pode ser reaproveitado pelos recicladores. Se as entidades conseguirem coletar todo esse volume de resíduos e, principalmente, comercializá-lo com empresas, estarão perto da autossuficiência", garantiu Geirinhas. Conforme o assessor, os cerca de R$ 20 milhões anuais que o poder público gasta com os recicladores poderá ser economizado caso as cooperativas cheguem a esse "patamar mais elevado". "É um recurso a ser utilizado em outras vertentes do novo modelo", completou.
O restante do lixo (cerca de 65%), composto por resíduos orgânicos, vai virar adubo e até energia elétrica, de acordo com o assessor. "Vamos melhorar o sistema de recolhimento de restos de podas de grama e árvores, e usar esse material, que normalmente acaba armazenado na CTR, para fazer adubo junto com o lixo orgânico. Já a geração de energia será resultado da incineração desse material, caso as leis ambientais permitam", explicou, garantindo que o poder público poderá comercializar tanto o adubo como a energia e conseguir ainda mais receita com o Lixo Zero.
O programa passa, ainda, pela instalação de pelo menos 20 Postos de Entrega Voluntária (PEV) em todas as regiões da cidade e, principalmente, pela realização de uma campanha de educação ambiental continuada com o londrinense. De acordo com Geirinhas, a empresa que ganhar a licitação para tomar conta do Lixo Zero terá, como prioridade, a realização das ações educativas junto à população.
Na avaliação do assessor, o trabalho poderá ser feito de diversas formas. "É preciso que o cidadão seja visitado em casa, e que o responsável pela orientação mostre para ele como fazer a destinação correta do lixo e o prejuízo do modo incorreto para o meio ambiente", citou.
Ainda conforme o assessor, a empresa a ser contratada vai poder utilizar os cerca de 600 recicladores das cooperativas para ajudar na conscientização do cidadão. "Eles têm contato direto com a população, quando vão até os bairros recolher os sacos verdes", lembrou. A campanha também será feita, como destacou Geirinhas, por meio de propagandas na imprensa e da impressão de panfletos e catálogos com orientação sobre a coleta e a destinação correta dos resíduos. "A preocupação vai precisar ser constante, independentemente de quem seja o prefeito nos próximos anos", destacou, alertando que a proposta vai precisar ser tocada pelas próximas administrações.
Custos
Atualmente, o poder público gasta R$ 40 milhões por ano para recolher cerca de 400 toneladas de lixo por dia em Londrina. Geirinhas admitiu que o Lixo Zero pode encarecer a taxa paga pelo londrinense para a manutenção do serviço, mas alegou não saber o valor total que o município precisa para a implantação do projeto. "Todos esses custos vão ser levantados por uma instituição que será contratada pela prefeitura no início do próximo ano", explicou. Segundo ele, o Executivo já prepara a licitação para a contratação dessa organização. "Tem que ser uma instituição isenta, para nos ajudar a descobrir os custos e, se necessário, fazer adaptações no projeto", observou.
Já questionado sobre quando o Lixo Zero vai começar a sair do papel, o assessor foi taxativo: "É um projeto para os próximos cinco anos, mas vamos fazer de tudo para lançar a licitação dele ainda em 2016".
Vale lembrar que o Lixo Zero foi "apresentado" para a sociedade em agosto do ano passado, após o município contar com a ajuda de diversas empresas, entidades e cooperativas para elencar os principais pontos do projeto. As sugestões foram recolhidas durante audiências públicas. De lá para cá, o Executivo formatou a proposta e trabalha, agora, no levantamento dos custos dela.
Outro ponto do Lixo Zero pretende tornar as cooperativas de reciclagem autossuficientes. "Pelas nossas estimativas, cerca de 35% de todo o lixo produzido em Londrina é seco, ou seja, pode ser reaproveitado pelos recicladores. Se as entidades conseguirem coletar todo esse volume de resíduos e, principalmente, comercializá-lo com empresas, estarão perto da autossuficiência", garantiu Geirinhas. Conforme o assessor, os cerca de R$ 20 milhões anuais que o poder público gasta com os recicladores poderá ser economizado caso as cooperativas cheguem a esse "patamar mais elevado". "É um recurso a ser utilizado em outras vertentes do novo modelo", completou.
O restante do lixo (cerca de 65%), composto por resíduos orgânicos, vai virar adubo e até energia elétrica, de acordo com o assessor. "Vamos melhorar o sistema de recolhimento de restos de podas de grama e árvores, e usar esse material, que normalmente acaba armazenado na CTR, para fazer adubo junto com o lixo orgânico. Já a geração de energia será resultado da incineração desse material, caso as leis ambientais permitam", explicou, garantindo que o poder público poderá comercializar tanto o adubo como a energia e conseguir ainda mais receita com o Lixo Zero.
O programa passa, ainda, pela instalação de pelo menos 20 Postos de Entrega Voluntária (PEV) em todas as regiões da cidade e, principalmente, pela realização de uma campanha de educação ambiental continuada com o londrinense. De acordo com Geirinhas, a empresa que ganhar a licitação para tomar conta do Lixo Zero terá, como prioridade, a realização das ações educativas junto à população.
Na avaliação do assessor, o trabalho poderá ser feito de diversas formas. "É preciso que o cidadão seja visitado em casa, e que o responsável pela orientação mostre para ele como fazer a destinação correta do lixo e o prejuízo do modo incorreto para o meio ambiente", citou.
Ainda conforme o assessor, a empresa a ser contratada vai poder utilizar os cerca de 600 recicladores das cooperativas para ajudar na conscientização do cidadão. "Eles têm contato direto com a população, quando vão até os bairros recolher os sacos verdes", lembrou. A campanha também será feita, como destacou Geirinhas, por meio de propagandas na imprensa e da impressão de panfletos e catálogos com orientação sobre a coleta e a destinação correta dos resíduos. "A preocupação vai precisar ser constante, independentemente de quem seja o prefeito nos próximos anos", destacou, alertando que a proposta vai precisar ser tocada pelas próximas administrações.
Custos
Atualmente, o poder público gasta R$ 40 milhões por ano para recolher cerca de 400 toneladas de lixo por dia em Londrina. Geirinhas admitiu que o Lixo Zero pode encarecer a taxa paga pelo londrinense para a manutenção do serviço, mas alegou não saber o valor total que o município precisa para a implantação do projeto. "Todos esses custos vão ser levantados por uma instituição que será contratada pela prefeitura no início do próximo ano", explicou. Segundo ele, o Executivo já prepara a licitação para a contratação dessa organização. "Tem que ser uma instituição isenta, para nos ajudar a descobrir os custos e, se necessário, fazer adaptações no projeto", observou.
Já questionado sobre quando o Lixo Zero vai começar a sair do papel, o assessor foi taxativo: "É um projeto para os próximos cinco anos, mas vamos fazer de tudo para lançar a licitação dele ainda em 2016".
Vale lembrar que o Lixo Zero foi "apresentado" para a sociedade em agosto do ano passado, após o município contar com a ajuda de diversas empresas, entidades e cooperativas para elencar os principais pontos do projeto. As sugestões foram recolhidas durante audiências públicas. De lá para cá, o Executivo formatou a proposta e trabalha, agora, no levantamento dos custos dela.
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